O artista Luciano Martins é natural do Rio Grande do Sul, mas há mais de 30 anos alegra-se ao chamar Santa Catarina de casa. É dele a arte que dá rosto ao 42º Festival de Dança de Joinville: a colorida bailarina sob as luzes do palco foi pintada a partir de um esboço digital para revelar a inspiração e o empoderamento que cercam o dançar, e é a estrela do cartaz artístico deste ano, batizado de “Solo Colorido”.
“Sempre entendi que o Festival de Dança é mais do que um festival. Ele é uma amostra de talentos, é uma plataforma onde a gente pode mostrar a diversidade criativa, e ela começa pela comunicação”, conta Luciano, que descreve o convite do Festival de Dança de Joinville para criar a arte do pôster como “mais um sonho realizado”.
Ao estudar a história do evento, o artista sentiu a necessidade de, mais do que pesquisar figuras e histórias, imprimir seu estilo único à arte. “Olhando os posters até a última edição, me parece até que tudo já tinha sido feito e criado. Quando eu comecei a entender isso, ficou claro, cada vez mais, que era importante o novo”.
A pintura da bailarina combina o estilo de Luciano à pluralidade do festival: “Eu queria trazer uma figura única. Acho que, apesar da dança ser plural, eu poderia representar isso com as muitas cores que essa obra tem. Apesar de ter essa coisa do coração de uma bailarina, naquele momento dela no palco, a gente traz essa sinfonia visual com muitas cores – e essas muitas cores são as luzes que iluminam e que empoderam essa artista. Não luzes, como é que eu posso dizer, literais, de iluminação. Elas são luzes de poesia” – define.
O Festival de Dança de Joinville ocorre de 21 de julho a 2 de agosto de 2025. Reproduções do cartaz serão distribuídas gratuitamente na recepção do Centreventos Cau Hansen no período do evento, uma tradição que é realizada há anos.
Quem é Luciano Martins
Luciano Martins começou a carreira na publicidade em 1986, em Porto Alegre, onde ganhou mais de 200 prêmios nacionais e internacionais. Com traços lúdicos, cores vibrantes e temas otimistas, ganhou o mundo como artista plástico. Em duas décadas e meia de pintura, soma mais de 120 mostras em seu currículo, com destaque para exposições internacionais em países como Itália, França, Espanha, Portugal, EUA e Argentina.
Em 2016, participou de edição da Miami River Art Fair durante a Art Basel e foi premiado com o Grand Prix. Dono de uma obra bastante pessoal e comunicativa, o artista também dedica grande parte do seu tempo a projetos educativos e sociais. São mais de cem projetos espalhadas por todo Brasil.
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