Cláudio Loetz: Odete Roitman e a morte diária da civilização

Quem matou Odete Roitman eu não sei. E pouco importa.

Na ficção da Rede Globo, há dez versões diferentes para o final, marcado para esta sexta-feira, a partir das 21h20.

“VALE TUDO” vai paralisar – de verdade – a Oktoberfest, hoje, e vai reunir milhares de aficionados em frente de televisores nos bares que vão transmitir a novela. Como se fosse uma final de Copa do Mundo.

Na trama, o culpado será exposto. Suspeitos, aliás, foram interrogados sem a presença de advogados. Aí, a OAB se manifestou publicamente, no X: ” Na vida real isso não valeria. A advocacia é indispensável para garantir direitos”.
A OAB citou o artigo 133 da Constituição Federal.

O enredo da novela é, sim, uma síntese do Brasil. E o nome – VALE TUDO – sugere e/ou simboliza como somos em sociedade.

Muita gente pensa – e age, mesmo – com a convicção de que vale tudo para alcançar sucesso, ficar rico.

Leis? Códigos? Padrões morais e éticos?

Por isso, a pergunta certa não é “Quem matou Odete Roitman”?

A pergunta certa é: “O que e quem está matando a civilização e empobrecendo a sociedade?

A resposta? Cada um tem a sua.
Certamente a resposta precisa vir na forma de múltipla escolha.

A) A ganância
B) O metanol
C) A escala 6×1
D) A lei de Gerson
E) Todas as anteriores estão corretas.

Senhores e senhoras: façam suas apostas

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