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A Operação Mensageiro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em dezembro de 2022, mantém presos desde a semana passada sete prefeitos de SC, sendo dois deles da região nordeste do estado. O prefeito de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues (Progressistas) e o de Itapoá, Marlon Neuber (PL) seguem nesta situação e o processo está em segredo de justiça.
A acusação principal é de um suposto esquema de contratos e serviços de coleta de lixo, liderado pela empresa Serrana Engenharia e envolvendo agentes públicos. As investigações começaram ainda em 2020 e apontavam que de cada contrato com alguma prefeitura, 13% do valor ia parar nas mãos de um agente público. Estima-se que mais de R$ 100 milhões tenham sido envolvidos em esquema de propina.
Em entrevista ao colunista da Folha Metropolitana, Upiara Boschi, o presidente do partido do prefeito de Balneário Barra do Sul, lamentou o ocorrido e afirmou que os presos na operação precisam provar sua inocência antes de tomar posição: “Nós lamentamos essa situação. Isso não é uma coisa difícil de se expressar. É lamentável, o partido não tem feito qualquer movimento para nenhum lado. Vamos resguardar. Os prefeitos alegam que são inocentes, mas terão que provar. Mas o partido não tomou posição nesse assunto pois está na fase de investigação pelo Ministério Público”, disse Silvio Dreveck, presidente do Progressistas e recém empossado Secretário de Estadual da Indústria, Comércio e Serviços.
Enquanto isso a investigação segue, incluindo a delação premiada do dono da Serrana Engenharia, Odair Mannrich, que prometeu colaborar com o Ministério Público de SC e devolver R$ 50 milhões.
