Vigilância Ambiental alerta que maior parte dos focos do Aedes aegypti está nas casas

No final de 2021, a Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Joinville realizou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Liraa). De cada duas casas visitadas, uma apresentava algum foco do mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. O relatório, que é enviado ao Ministério da Saúde, mostra que mais de 44% dos focos do Aedes aegypti estão em residências.

“O Liraa atesta algo que já suspeitávamos: nosso principal problema está nas casas. Janeiro é um período chuvoso e isso nos preocupa muito. Assim que para a chuva, como está muito quente, temos que ter cuidado com qualquer lugar que acumula água limpa e parada”, afirma o coordenador da Vigilância Ambiental de Joinville, Anderson da Silva.

Anderson explica que é preciso averiguar vasos de plantas com pratos embaixo – eliminar esses pratos ou colocar areia. Bocas de lobo precisam ter queda. Se não tiverem, é necessário colocar uma tela para que o mosquito não tenha acesso. As calhas precisam ser limpas e revisadas, para que também apresentem queda.

“Até uma tampa de refrigerante, se estiver com água limpa, vai criar mosquito”, alerta o coordenador. No caso das piscinas, se forem tratadas com cloro, não atraem o mosquito.

Joinville registou, em 2021, 16.422 casos de pessoas que contraíram dengue, com cinco óbitos. Em 2021, foram eliminados 11.358 focos do Aedes aegypt. O bairro com mais casos é o Petrópolis, com 1.553, seguido pelo Floresta, com 1.286.

Mauro Schmitz, 68 anos, morador do Costa e Silva, é um dos joinvilenses que abraçou a luta contra o Aedes aegypti. Regularmente, o aposentado verifica os vasos da casa. Todas as bocas de lobo da residência têm queda.

“O cuidado que temos na nossa casa é grande, porque sabemos que a proliferação do mosquito é perigosa, está matando gente. Eu queria que todos tomassem consciência. Não adianta eu cuidar e o vizinho não cuidar”, diz Mauro.

O coordenador da Vigilância Ambiental reforça a importância do trabalho dos agentes de combate a endemias e a importância da população dar acesso a esses servidores em suas casas.

“Receba o agente, ele está devidamente uniformizado, está com o crachá e com a bolsa parda. Permita que ele entre no seu terreno, que ele passe a orientação para você. Esse trabalho educativo é importante para a população entender como combater o mosquito”, pontua Anderson.

Sintomas

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor nas juntas, fortes dores de cabeça e aversão à luz.

“Se está com algum sintoma de dengue, é importante que você procure uma unidade de saúde e relate os seus sintomas, para que o profissional de saúde possa prestar o atendimento e notificar a Vigilância Ambiental do seu caso”, explica Silva.

Kevin Banruque
Editor

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