Petrobras reinjeta recorde de 14,2 mi de toneladas de CO₂ no pré-sal

Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 25, que atingiu o volume recorde de 14,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) reinjetados em reservatórios do pré-sal na Bacia de Santos, litoral do Sudeste, durante extração de petróleo em 2024.

O volume supera os 13 milhões de toneladas inseridas em 2023. O CO₂, também conhecido como gás carbônico, é um dos gases causadores do aquecimento global quando liberado na atmosfera.

Introduzir quantidades do poluente nos reservatórios faz com que a companhia reduza a chamada pegada de carbono, contribuição da atividade econômica para o aquecimento global.

O programa  da estatal é pioneiro em águas ultraprofundas – o pré-sal chega a uma profundidade de 7 mil metros – e é o maior em operação no mundo.

No comunicado, a Petrobras cita um relatório do Global CCS Institute – centro internacional que faz pesquisas sobre captura de carbono. Segundo o levantamento, em todo o mundo, os projetos de CCUS (captura, utilização e armazenamento de carbono, na sigla em inglês) alcançaram 51 milhões de toneladas de CO₂.

“Assim, a injeção nos reservatórios do pré-sal corresponde a mais de um quarto (28%) da capacidade global reportada para o ano de 2024”, afirma a Petrobras.

Tecnologias utilizadas pela empresa contribuíram para que, desde 2008, o volume acumulado de injeção chegue a 67,9 milhões de toneladas de CO₂. A companhia espera esticar esse volume para 80 milhões até o fim de 2025.

Saiba como é o dia a dia em uma plataforma de petróleo

Atualmente a Petrobras conta com 22 plataformas modelo FPSO (produzem e armazenam óleo) no pré-sal da Bacia de Santos com sistemas para captura e reinjeção do CO₂.

De acordo com a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, a média de emissão de CO₂ por barril de petróleo no mundo é 70% superior à do pré-sal.

“A estratégia, que associa o CCUS à recuperação avançada de petróleo (EOR – Enhanced Oil Recovery), foi crucial para a Petrobras viabilizar a produção de petróleo com menor emissão por barril produzido”, diz.

Segundo a companhia, a reinjeção de CO₂ otimiza a recuperação de óleo dos reservatórios. Em 2024, a petroleira produziu o volume recorde de 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no pré-sal, que representa 81% da produção total da companhia.  

A Petrobras espera atingir antes de 2050 o chamado net zero (saldo negativo de emissão de carbono) na produção de petróleo.

*Com informações da Agência Brasil.

Receba notícias em seu celular pelo grupo de WhatsApp do jornal Folha Metropolitana Curta nossa página do Facebook e siga-nos no Instagram

Folha Metropolitana

A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Matérias Recentes

Conselheiras tutelares são afastadas por decisão judicial em São Francisco do Sul

Prefeitura de Joinville informa população sobre as principais ações realizadas nos primeiros 100 dias de gestão

VÍDEO: Guarda Municipal de Araquari socorre bebê engasgado

Comida di Buteco inicia em Joinville com expectativa de público e sabores únicos

Joinville terá cursos gratuitos de gastronomia em abril; saiba como participar

Empresas de Joinville apostam em selos ambientais para crescer com responsabilidade