“É a realização de um sonho”, confira a história do lutador de MMA ex-morador de Araquari que venceu competição nos EUA

Arquivo pessoal

Por Kevin Banruque

 

O araquariense Geovani Cruz Cordeio, mais conhecido como Parça, lutador de MMA, venceu  pela primeira vez uma luta nos Estados Unidos na última semana, no sábado, 16. O combate aconteceu no evento Peak Fighting, na cidade de Arkansas, no Texas, contra o oponente Roderich Stewart.

O emocionante dia da vitória chegou após mais de 12 anos de treinos, e vários meses morando nos Estados Unidos, onde se mudou com sua esposa, Bruna Cevinski, para a realização de um sonho: lutar fora do Brasil. “Foi um dia emocionante, Geovani praticou e treinou muito todos os dias para ter os 5 minutos perfeitos de luta”, destaca Bruna.

Parça já tinha lutado no mesmo evento em fevereiro deste ano, onde disputou a luta principal da noite com o atual campeão da categoria Lewis. Segundo a esposa, Geovani travou e não conseguiu colocar em prática seu jogo, e perdeu o combate, mas meses depois foi convocado para o combate novamente, e ganhou. Geovani foi destaque nas redes sociais no evento Peak Fighting, com a melhor finalização da noite. Parça não tem data definida, mas já foi convocado deve lutar em breve para o mesmo evento ainda neste ano.

Competição em que Parça perdeu Arquivo pessoal

Início de um sonho

O lutador começou a treinar em 2009, quando o amigo de onde fazia musculação, Josemar Brandão, convidou-o para uma aula experimental de luta, desde então nunca mais parou. No início praticava muay thay, com muita luta amadora nesse período. Depois decidiu praticar MMA e então começou na prática do jiu-jitsu e outras modalidades.

A vontade de morar fora do Brasil se despertou quando o amigo e atleta Natan Schulte, se mudou para os Estados Unidos por volta de 2017, e disse que havia grandes oportunidades de luta no país. Em uma viagem aos EUA em 2019, Parça e a esposa decidiram entender a cultura do país, onde o atleta teve a oportunidade de treinar na American Top Team, nascendo assim o sonho de lutar fora. 

Parça e sua esposa Bruna PFC/Divulgação

Dificuldades na pandemia e início da vida nos EUA

Depois que o casal voltou ao Brasil, começaram a vender seus bens para imigrar para os Estados Unidos e compraram as passagens para iniciar a mudança. De repente chegou a pandemia da Covid-19, que assolou o mundo e interrompeu os planos de Parça e sua esposa. “Ficamos tristes, nada podia ser feito a não ser esperar. Positivamente pensamos: nenhum sonho será cancelado, apenas adiado e aprimorado, agora temos tempo para aprimorar nossos planos”, lembra Geovani. 

Nessa época, decidiram comprar novamente os itens vendidos, sem uma nova data para a mudança. Depois de um ano de pandemia, Parça foi convidado para fazer o corner da luta de seu amigo Schulte, que havia se mudado para os Estados Unidos anos antes, em New Jersey. Foi quando o atleta passou três meses no país, retornou ao Brasil para buscar a esposa e as filhas. 

“E o grande dia chegou, preparamos tudo, vendemos tudo de novo e nos mudamos para os Estados Unidos, com a opção de fazermos a quarentena no México”, diz o lutador. A família ficou 15 dias no México e seguiu para os Estados Unidos em setembro de 2021. “Ficamos dois meses morando com nosso amigo, e logo em seguida já alugamos a nossa casa e compramos nosso carro”, relembra.

Em seguida, Parça começou a treinar no American Top Team, quando então surgiu a oportunidade de fazer o primeiro combate internacional. 

Planos para o futuro

O atleta sonha com a conclusão do visto de atleta no país, e fazer mais duas lutas até o fim de 2022, disputar o cinturão e ser campeão do evento Peak Fighting. E conquistar a participação em grandes eventos do paÍs, como LFA, Bellator, PFL, UFC, e ser reconhecido como os grandes.

Por enquanto Parça não tem vontade De voltar para o seu país de origem. “O Brasil é a minha raiz, amo aquele lugar! Mas infelizmente são poucas as oportunidades por lá”, afirma. Geovani incentiva que quem quer seguir carreira lutando, deve considerar se mudar para fora do país:  “Pessoas que sonham com isso, precisam buscar fora, ir além e não desistir. Porque dá! Falo isso por experiência própria.” 

 

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Kevin Banruque
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