Cordel em Santa Catarina
Trovadores medievais cantavam poemas para a população de Portugal. Esses poemas eram expostos em folhetos pendurados em cordas. Daí o Cordel.
No Século 18, o Cordel chegou ao Brasil e ganhou tanto a cara do Nordeste brasileiro que parece ter nascido ali. Em 2018, tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Rolavam as festas juninas Brasil a dentro em 2023 quando foi registrado em São Francisco do Sul o estatuto da Academia Catarinense de Cordel – ACC, tendo como presidenta, a cordelista e poetisa Salomé Pires, que já vinha sendo destaque em eventos cordelistas pelo País. Na diretoria, nomes como Iratan Curvello, Alexandra Lacerda e Suely Ravache.
A sonoridade dos poemas e narrativas em métricas perfeitas tem invadido os mais insensíveis ouvidos, e a produção de literatura de cordel caminha a passos largos em terras de Cruz e Souza e Lindolf Bell, arando páginas e páginas de poesia clássica.
A ACC criou um cordel diferenciado batizado de Travessia (exemplo mais abaixo), em que se tem o primeiro e o último verso (a ponte) e é preciso construir os oito versos entre eles para fazer a travessia.
Para saber mais sobre o cordel catarinense:
e-mail: acc.cordel@gmail.com
Instagram: @acc.cordel
Whatsapp: (48) 99951-8231 (Salomé Pires) / (82) 98809-9243 (Alexandra Lacerda)

Últimos quatro dias de Verão Teatral
A estação mais quente trouxe a Joinville dezenas de espetáculos, oficinas e possibilidades de encontros e trocas para amantes da arte que fazem ou apreciam o universo teatral.
A partir desta quinta-feira, sobem aos palcos os espetáculos que encerram a temporada. Os ingressos são gratuitos.
Poeira (Poeira Grupo de Teatro)
20/02 (quinta), às 20h
Classificação: 10 anos.
As Três Marias (Cia. do Terno de Dança/Teatro)
21/02 (sexta), às 20h
Classificação: 14 anos.
Circo Zika (Coletivo Zikado)
22/02 (sábado), às 16h
Classificação: livre.
Tímon (Persona Cia. de Teatro)
23/02 (domingo), às 20h
Classificação: 14 anos.
*Espetáculo com audiodescrição.

Gente ruim
Através do meu olhar
Na retina permanece
O que vi e não se esquece
De um cego povo a bradar
Com desejo de arrancar
O que habitava no peito:
Tudo de que éramos feito
Diante de ódio sem fim
De tanta gente ruim
Sei que o mundo inda tem jeito
Ponte: Salomé Pires
Travessia: Jura Arruda
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4 comentários
Através do seu olhar Jura, sei que o mundo inda tem jeito!💃
Parabéns Jura.
Obrigada pelo belo poema de Cordel.👏👏👏🙅♂️
Nobre amigo Jura!
Desejo todo o sucesso do mundo com sua coluna que vem para enriquecer a cultura catarinense, o que me traz a certeza que:
“Este mundo inda tem jeito”.
Parabéns, Jura, por suas travessias e travessuras!