Convite ao encantamento
Um boneco ganha vida, um pedaço de pano lhe observa, uma mão fechada forma uma cabeça humana e se comunica. O teatro convida à crença, é um jogo em que artista e plateia mergulham na fantasia e, por um breve espaço de tempo, descortinam outras realidades. E se você encontrar uma caixa, vai poder olhar pelo pequeno círculo uma minúscula história que acontece e nos lambe-lambe. (No link ao lado, você tem acesso ao trabalho de pós-graduação na Udesc de Kátia Arruda com orientação do professor Valmor Beltrame, sobre teatro de lambe-lambe).
As inscrições para atores e grupos teatrais estão abertas para o 7o Animaneco – Festival Internacional de Teatro de Bonecos, até 17 de fevereiro de 2025. Podem ser inscritos espetáculos, teatro lambe-lambe, exposições, performances e ações formativas.
A nós, público, resta aguardar a magia acontecer no evento que acontecerá entre 14 e 24 de agosto em Joinville e São Francisco do Sul.
Na Babitonga, muita história pra ser contada
Além das belezas naturais da Baía que se oferecem a quem sabe olhar, este mês o cenário contou com equipamentos de cinema e muita sonoridade. Foi quando aconteceram as gravações para um documentário do @sesctve @sescbrasil, com a cantora joinvilense Ana Paula da Silva que descreve o projeto da seguinte maneira: “Vidas, música, rituais, comunidades, corações e histórias, inúmeras e maravilhosas”.
As gravações aconteceram na Lagoa do Saguaçu, Estrada do Pico e na livraria O Sebo, de Joinville. Segundo Ana, “A história começou assim: oficinas de música, presente do Seu Risca, o material do Catumbi de Itapocu, da pesquisa informal para uma pesquisa acadêmica, do mestrado para uma nova pesquisa que transbordou em um livro e então foi traduzido em um show intitulado “Seu Risca e Ana Paula da Silva” para circular pelo Brasil no projeto Sonora Brasil 2024/2025, com uma trupe muito magnífica”. Na equipe musical, uma constelação: @fabiomellosax @arthurboscato @insta.miris @jean_boca__ @antonio_risca_.
História para encontrar a moça da padaria
Era só um café na padaria, tão banal quanto qualquer coisa banal. Depois do trabalho, para jogar conversa fora com um amigo. Pois, foram dez minutos de conversa fora e a moça entrou para desviar assunto e atenção. Era pequena, curvilínea e elegante. Trazia consigo um menino que talvez fosse seu filho, talvez não fosse. Havia uma joia no dedo que não se parecia com aliança.
Ela pediu um suco de laranja e uma torta doce que o desatinado não identificou porque estava mais interessado nos olhos dela. A moça retribuía com algum interesse, mas ele não encontrava palavras, nem qualquer, nem nenhuma.
Ora! Uma perguntinha que fosse!
“Você não é professora? Parece tanto com alguém que conheço”. Ela responderia: “Não. Eu trabalho na empresa Tal”. Diante da abertura, ele perguntaria: “Você não é esposa do Chico?” e ela responderia: “Não, eu não sou casada”.
Trocariam telefones.
Mas essa artimanha não lhe ocorreu. Os minutos se foram, o copo esvaziou e ela saiu, não sem antes lançar-lhe um último olhar, quase uma súplica, que ele, sôfrego e engessado, não atendeu.
A probabilidade é que não se vejam mais e isso seja só uma história. Mas pode ser que ela leia essa história, e isso será só o começo.
Receba notícias em seu celular pelo grupo de WhatsApp do jornal Folha Metropolitana Curta nossa página do Facebook e siga-nos no Instagram
Um comentário
Minas quartas-feiras agora são mais encantadas. Continue, Jura, continue!