jornalismo@folhametropolitana.com
Da oralidade ao eterno entender
Antes dos registros em barro, tecidos, papel e telas, era a voz que compartilhava os feitos, as histórias e toda a ancestralidade de um povo. Os Griots, na África, eram os guardiães da memória e da cultura. E é a partir de uma técnica pedagógica inspirada nessa oralidade que se discutirá a gestão e o panorama de clubes sociais negros, a memória da Sociedade Kênia Clube e sua oficialização como Patrimônio Imaterial.
O Kênia, tradicional sociedade de Joinville realiza nos dias 24 e 25 de janeiro, sexta e sábado, o evento E por falar em Kênia, que vai abordar a cultura africana sob vários prismas em rodas de conversa, palestras e apresentações.
O evento tem início no dia 24 às 18 horas, com vasta programação até o dia 25 ao meio-dia. Chegar lá é fácil como fazer puff puff, mas resolvi deixar mais fácil ainda: clique neste link para ver a localização.
“Eso és Flamenco” no Teatro Juarez Machado
O Flamenco é uma dança do sul da Espanha, mais especificamente da região de Andaluzia. Em Joinville, o grupo Flamenco preparou um espetáculo com todas as principais características do estilo, com expressão de sentimentos de profunda carga emocional.
A montagem que será apresentada no Teatro Juarez Machado conta com a participação de três artistas flamencas convidadas, num espetáculo que propõe a reflexão sobre etarismo e invisibilidade, e que tem no elenco mulheres acima dos 40 anos de idade.
Será apenas uma apresentação na segunda-feira (dia 27/01), às 20 horas. Então, agilize-se e adquira seus ingressos por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) no site Ticket Center.
O erudito que habita em mim saúda o erudito que habita seus tímpanos durante o 20o Femusc
Aproximam-se os últimos dias do Femusc, o maior festival-escola de música erudita da América Latina, que ocorre na SCAR e o qual eu tenho tido o privilégio de assistir nos últimos anos. No último sábado fui ao Concerto para as Famílias, um momento especial para as crianças conhecerem os instrumentos da música clássica e poder tocá-los, no sentido de pôr a mão, quanto tocá-los no sentido de tirar som. Tudo sob a orientação de músicos de diversos países num espaço chamado carinhosamente de “Zoológico Musical” – os músicos são os animais que se espalham pelo Grande Teatro apresentando seus instrumentos.
Neste sábado, dia 25, a apresentação de encerramento será com um espetáculo de MPB, certamente um momento para tratar de ouvidos sensíveis e de almas irrequietas.
Os ingressos são gratuitos, mas você precisa pegá-los aqui, neste link.
Mercedes
Havia um silêncio sobre a mesa do almoço. Talheres mudos cumpriam suas funções. Solidões eram mastigadas, quiçá digeridas. Havia pratos sendo pratos, toalhas sendo toalhas, e um vidro de pimenta. A um arrasto de cadeira, seguiram-se passos que mal tocavam o chão. Mercedes retirou as louças e seguiu para a cozinha sem perceber que deixara cair a pequena lhama de metal que lhe ornamentavam pescoço e alma. Com ela, sopros de flauta e montanha.
Há muitos sons sobre a mesa.
(Criado durante a oficina Lavra-Palavra, da escritora Gloria Kirinus)
Receba notícias em seu celular pelo grupo de WhatsApp do jornal Folha Metropolitana Curta nossa página do Facebook e siga-nos no Instagram
2 comentários
Ah, que delícia de programação por aqui!
E que bom saber (e ainda ser brindado com uma imagem tão expressiva em seu silêncio.)
Obrigada, Jura!
Adorei! Quanta arte!! Amei Mercdes.