Na tarde de terça-feira, 14, autoridades de Araquari, no Norte de Santa Catarina, interditaram uma Casa de Acolhimento clandestina que vinha funcionando de forma irregular. O estabelecimento, localizado no bairro Ponto Alto, estava sendo operado por um homem de 29 anos, que agora está sob custódia da justiça.
O indivíduo foi detido sob acusação de maus-tratos contra cinco pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos, as quais ele recebia cerca de R$ 2 mil por mês por cada uma, totalizando um valor mensal de R$ 10 mil. A casa operava sem as devidas autorizações dos órgãos públicos e, segundo relatos da delegada Geórgia Bastos, apresentava condições insalubres, com falta de higiene, alimentação inadequada e presença de medicamentos controlados sem prescrição.
Durante a operação de fiscalização, realizada em conjunto pela Polícia Civil, Vigilância Sanitária, secretarias da Assistência Social e de Saúde, Casa de Passagem, Corpo de Bombeiros Militar e Voluntários de Araquari, uma das vítimas foi encontrada com lesões na cabeça.
As vítimas, que variavam entre homens e mulheres com idades entre 29 e 60 anos, foram encaminhadas ao hospital para exames e estão recebendo cuidados e acompanhamento da Secretaria de Assistência Social e Saúde. As autoridades estão em busca dos familiares das vítimas para o encaminhamento adequado para instituições especializadas.
O caso veio à tona após uma denúncia anônima à ouvidoria. A Vigilância Sanitária constatou que o local carecia de alvará de funcionamento e licenças necessárias, além de não contar com uma equipe técnica multidisciplinar.
O homem responsável pela casa foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Regional de São Francisco do Sul. A delegada Geórgia Bastos mencionou que as famílias das vítimas também podem estar sujeitas a investigações por negligência, pois eram elas que pagavam pelos supostos cuidados oferecidos pelo acusado. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.
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