O preço dos alimentos e bebidas tem recuado nos últimos meses, o que está aliviando o impacto da inflação para as famílias de baixa renda. Isso foi observado nos últimos 12 meses, de acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado recentemente.
Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 5,19%, a inflação para as famílias com renda muito baixa foi de 3,9%, e para as de renda baixa foi de 4,45%.
Essa redução no custo dos alimentos é particularmente significativa para as famílias de baixa renda, cuja cesta de consumo é mais impactada por esses itens. Em setembro, alimentos como feijão, farinha de trigo, batata, carnes, aves, ovos, leite e óleo de soja registraram queda de preços, contribuindo para o alívio no orçamento dessas famílias.
Além disso, em setembro, outros itens tiveram aumento de preços, como as tarifas de energia elétrica e a gasolina, afetando os grupos de habitação e transporte para todas as classes de renda. Entretanto, para as famílias de renda mais alta, o impacto foi maior devido aos aumentos significativos nas passagens aéreas e nos transportes por aplicativo.
No acumulado dos últimos 12 meses, os gastos com transporte e saúde e cuidados pessoais foram os que mais pesaram para todas as famílias. No entanto, as famílias de renda muito baixa foram menos afetadas em comparação com as de renda alta. O transporte, por exemplo, teve uma inflação de 1,01% para o grupo de renda muito baixa, enquanto foi quase o dobro (1,94%) para a renda alta. O mesmo padrão foi observado para os gastos com saúde e cuidados pessoais.
Receba notícias em seu celular pelo grupo de WhatsApp do jornal Folha Metropolitana Curta nossa página do Facebook e siga-nos no Instagram

Folha Metropolitana
A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde