Abril Marrom reforça prevenção e combate à cegueira

Mais de 70% dos brasileiros cegos poderiam estar enxergando, caso tivessem recebido tratamento apropriado a tempo

Idealizada em 2016 pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a campanha Abril Marrom surgiu com o intuito de conscientizar a população sobre a prevenção, o combate e a reabilitação às diversas doenças que podem acometer os olhos e levar à perda irreversível da visão. O mês foi escolhido por conta do 8 de abril, quando é comemorado o Dia Nacional do Sistema Braille. Já a cor marrom foi a definida por ser a cor de íris mais comum nos olhos dos brasileiros.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2019, no mundo todo pelo menos 1 bilhão de pessoas apresentam deficiência visual não tratada. Entre 60% e 80% dos casos de cegueira no mundo poderiam ter sido evitados se houvesse diagnóstico médico precoce e tratamento adequado.

médico oftalmologisa
Dr. Evandro Rosa, médico Oftalmologista do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem

As possibilidades de prevenção são inúmeras, por isso, a necessidade de se manter em dia com as consultas de prevenção. “Ir ao oftalmologista rotineiramente é essencial para prevenir e diagnosticar precocemente catarata, glaucoma, retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que estão entre as principais doenças oculares que podem levar à cegueira. Descobrir essas afecções logo no princípio é fundamental para nortear tratamentos que garantam a manutenção da visão e a qualidade de vida do paciente”, alerta o oftalmologista Evandro Rosa, especialista em retina do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, do Grupo Opty.

A catarata é responsável por quase 50% dos casos de cegueira adquirida em todo o mundo, mas a boa notícia é que há reversão da doença com cirurgia. Enquanto que glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética são as principais causas de cegueira irreversível.

O glaucoma é uma doença degenerativa que danifica as células do nervo óptico progressivamente, sem cura, mas pode ser controlada. É mais comum o diagnóstico da doença após os 40 anos de idade, e tem como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular e o histórico familiar. Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 900 mil pessoas com o diagnóstico de glaucoma.

Por sua vez, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença crônica, progressiva, que ocorre na parte central da retina chamada mácula e que leva à perda gradual da visão central. Atinge pessoas com mais de 50 anos e dados da OMS demonstram que cerca de 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI atualmente. Ainda que condições ambientais, alimentação e predisposição genética também devam ser considerados, o maior fator de risco para DMRI é a idade, afetando principalmente pacientes com mais de 70 anos.

Outra grande causa é a retinopatia diabética e muitas vezes é silenciosa, cabendo ao oftalmologista o seu diagnóstico. Daí a importância dos exames anuais em todos os diabéticos, ressalta o Dr. Evandro Rosa. 

“A retinopatia diabética deve ser tratada precocemente. De acordo com o estágio pode ser usada terapias como injeção intravítrea de antiangiogênicos e fotocoagulação a laser que  são essenciais para o controle da doença, podendo melhorar os sintomas de perda visual.  Mas o controle do diabetes com alimentação balanceada,  atividade física e cultivar hábitos saudáveis, contribuem para a saúde ocular”, destaca.  

Folha Metropolitana

A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde

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