Santa Catarina conquistou dois importantes avanços no combate à dengue: a revisão do número de Agentes de Combate de Endemias (ACE) e nesta segunda-feira, a inauguração da biofábrica do Método Wolbachia em Joinville, no norte do Estado. O local contará com laboratórios para a produção da tecnologia, que ajuda no combate à dengue e outras arboviroses.
Em março de 2023 a Secretaria de Estado da Saúde (SES) formalizou ao Ministério da Saúde a necessidade de novas tecnologias no combate à dengue. Em outubro de 2023, o município de Joinville foi selecionado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com outros cinco municípios, por características epidemiológicas, para implementação desta nova metodologia.
O Método Wolbachia foi possibilitado por meio de uma parceria da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – com a World Mosquito Program, e com a Prefeitura de Joinville e a Secretaria de Estado da Saúde.
O secretário adjunto da saúde, Roberto Benedetti, esteve presente na inauguração da biofábrica e destacou a importância da união dos poderes na prevenção às arboviroses. “O SUS é tripartite: União, estados e municípios trabalhando juntos para cuidarem da saúde da população. Todos temos responsabilidade e devemos realizar as demais ações contra a dengue, como o atendimento dos casos em tempo oportuno e seguindo o protocolo preconizado, assim evitando os casos graves e mortes pela doença”, afirma.

Além da implementação das novas tecnologias é importante destacar que todos devem fazer a sua parte e realizar a limpeza de suas casas e locais de trabalho para eliminar os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.
Método Wolbachia
Criado na Austrália, esse método consiste na liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, formando uma nova população destes mosquitos.
A Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução destas doenças.
Dengue em SC
A dengue atingiu número recorde em SC em 2024. O estado já tem mais de 350 mil casos prováveis da doença, com 269 óbitos.
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