Preocupação com a dengue é destaque na apresentação do relatório da Saúde na Alesc

Foto: Bruno Collaço/Agência AL

A preocupação com o cenário da dengue em Santa Catarina foi o destaque da audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 28, para apresentação do relatório das ações da Secretaria de Estado da Saúde nos últimos quatro meses de 2023. A prestação de contas da pasta atende a uma obrigação constitucional para divulgação de dados sobre indicadores de saúde, auditorias e demonstrativos de gastos e fontes de recursos, entre outros.

“Mas, a preocupação nossa hoje, mais do que a análise dos números, é a questão do momento atual da saúde pública, como a situação da dengue”, salientou o presidente da Comissão de Saúde do Parlamento, deputado Neodi Saretta (PT).

As informações foram apresentadas pela secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto. Conforme dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), 156 dos 295 municípios catarinenses estão infestados pelo mosquito da dengue. A situação epidemiológica da doença no estado também é motivo de preocupação, afirmou a secretária de Saúde. Entre o final de dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, foram 25.254 casos prováveis em Santa Catarina, um aumento de 554% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

“Precisamos cuidar dos nossos domicílios. Na questão da dengue, 75% da solução está nas mãos da população. Uma simples tampinha de garrafa Pet pode ser um criadouro do mosquito. Olhe para o pátio da sua casa, para os terrenos vizinhos, se há possíveis locais que possam abrigar o Aedes Aegypti. Lembrando que tivemos um inverno muito curto e um verão muito quente, com muita chuva e muito sol, o que torna um ambiente favorável para a proliferação do mosquito”, alertou Carmen Zanotto.

Como ações para o enfrentamento da doença, a secretária de Saúde explicou que, no ano passado, o estado destinou R$10 milhões aos municípios com o cenário considerado mais crítico para atendimentos relacionados à dengue. “Em dezembro, foram liberados mais R$5 milhões para ações de prevenção e, agora no mês de fevereiro, foram mais R$5 milhões, além da ampliação dos serviços de laboratório, estrutura de atendimento com horário ampliado nas Unidades Básicas de Saúde, além de centros de atendimento com triagem e diagnóstico da dengue para acolher melhor os pacientes com suspeita da doença.”

Vacinação

A secretária de Saúde lembrou ainda que Santa Catarina já recebeu as primeiras doses da vacina contra a dengue. São 29.100 doses que serão utilizadas para aplicação em crianças de 10 e 11 anos de 13 municípios da região Nordeste do estado, que são considerados com alta transmissão da doença.

A administração da vacina contra a dengue é realizada em um esquema de duas doses com um intervalo de três meses entre elas e tem o objetivo de reduzir as hospitalizações e os óbitos decorrentes da doença. “Leve seu filho para vacinar e, assim, vamos garantir uma melhor imunidade para as nossas crianças”, advertiu Carmen Zanotto.

Receba notícias em seu celular pelo grupo de WhatsApp do jornal Folha Metropolitana Curta nossa página do Facebook e siga-nos no Instagram

Folha Metropolitana

A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Matérias Recentes

Joinville começa com vitória no Brasileirão Série D

Joinville Vôlei se despede da Superliga após sofrer virada em jogo eletrizante contra o Vôlei Renata

Finalista de prêmio nacional, Amanda Linhares anuncia show em Joinville

Celesc instala totens de autoatendimento em órgãos públicos de Joinville e Araquari

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

Governo lança programa de identificação e proteção de cães e gatos