O presidente da Sociedade Kênia Clube, Edson Sestrem, foi recebido nesta semana em Brasília, na Embaixada do Quênia no Brasil, para falar da importância da entidade na valorização da cultura e da memória dos negros em Joinville e região. Na oportunidade foi relatado aos representantes da embaixada os motivos que levaram a entidade de Joinville a homenagear a república do Quênia no ano de 1960. Durante o encontro, ficou acertada a vinda de membros da embaixada à Joinville para estabelecer uma agenda conjunta de trabalho.
A viagem à Brasília também contou com uma visita à ministra da Igualdade Racial. Nesta agenda, Edson teve a oportunidade de conversar com Anielle Franco sobre a importância dos clubes sociais negros no Brasil. “Além de promover o congraçamento da comunidade, atuamos para preservar a identidade da etnia e fortalecer a participação dos afrodescendentes na sociedade”, afirma o presidente.
Com uma trajetória de mais de 60 anos como referência da cultura negra em Joinville, o Kênia Clube consolidou-se como vetor de socialização desta comunidade, registrando e mantendo suas memórias e contribuindo com a transformação social em prol da igualdade racial. Esta representatividade levou a prefeitura, em 2022, a reconhecer a sociedade Kênia como “Patrimônio Imaterial de Joinville, na categoria Registro Lugar de Memória”.
“Somos lembrados principalmente pela tradição do nosso Carnaval, mas estamos no começo de um novo ciclo onde queremos ir além. Estamos recuperando o patrimônio físico de nossa sede, com a construção de sala de dança, biblioteca e acervo, e iniciamos 2024 com uma programação cultural que contempla ações nas áreas de música e dança, realizadas com apoio de leis de incentivo”, afirma o presidente. “Estas iniciativas visam reforçar a relevância do Kênia Clube como representante da comunidade negra, propagando o novo papel que ela ocupa na sociedade joinvilense”, complementa Edson.
Projeto Kênia Com Vida
Nesta semana, o Kênia Clube realizou uma audição para selecionar 15 bailarinos bolsistas para a criação da Companhia 255 – Performance e Arte Negra. Esta é a primeira de um conjunto de ações que fazem parte da programação de 2024 do Kênia Com Vida, um projeto que inclui Oficina de Dança para Pessoas Idosas, Oficina de Moda Afro-brasileira e Festivais Culturais.
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A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde