A catarinense Antonieta de Barros é incluída no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

Primeira deputada negra do Brasil terá o seu nome inscrito
Acervo familiar

A catarinense Antonieta de Barros acaba de ganhar mais um importante reconhecimento. A primeira deputada negra do Brasil terá o seu nome inscrito no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. O ato consta no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 5, que traz a sanção pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da Lei 14.518/2023. Nela, o governo federal confirma a inclusão de Antonieta de Barros na lista de grandes personalidades da história nacional.

A professora e jornalista Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, em 1901. Negra e de origem humilde, é reconhecida por muitos como uma figura revolucionária. Fundou a própria escola, onde deu aulas para moradores carentes. Dedicou-se principalmente na luta contra os preconceitos de cor, classe e gênero no Brasil, e no combate ao analfabetismo de pessoas em vulnerabilidade social.

Foi eleita a primeira mulher negra deputada estadual do Brasil, em 1934. Enquanto parlamentar, Antonieta foi autora da Lei que criou o Dia do Professor, celebrado nacionalmente em 15 de outubro.

Livro de Aço

O Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, também conhecido como Livro de Aço, está localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Os homenageados que constam no Livro de Aço recebem o status de herói ou heroína nacional.

Conforme a Lei 11.597/2007, que propôs a criação da honraria, o livro se destina ao “registro perpétuo do nome dos brasileiros e brasileiras ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo”.

Além de Antonieta de Barros, outra mulher catarinense também já teve seu nome eternizado no Livro de Aço. Anita Garibaldi foi reconhecida como Heroína da Pátria em 2012.

Heróis e Heroínas da Pátria

Veja os nomes que estão inscritos no Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria, na ordem em que foram incluídos:

  • Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, militar e ativista político que atuou nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro;
  • Francisco Zumbi, mais conhecido como Zumbi dos Palmares, líder quilombola;
  • Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, militar e primeiro presidente do Brasil;
  • Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil, proclamador da independência e fundador do Brasil como estado-nação independente;
  • Marechal Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, O Pacificador, militar e monarquista;
  • Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, ativista político e ambientalista;
  • Coronel José Plácido de Castro, idealista e líder da Revolução Acreana;
  • Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, militar da Armada Imperial Brasileira;
  • Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas, comandante que conduziu a Armada Brasileira à vitória na Batalha do Riachuelo;
  • Alberto Santos Dumont, aeronauta e inventor;
  • José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, naturalista, estadista e poeta luso-brasileiro;
  • Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, mártir da Confederação do Equador;
  • Brigadeiro Antônio de Sampaio, militar, herói da Guerra da Tríplice Aliança;
  • Cacique José Tiaraju, mais conhecido como Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense;
  • Anna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Ana Néri, tida como a primeira enfermeira brasileira e heroína na guerra do Paraguai;
  • Hipólito da Costa, jornalista criador do Correio Braziliense;
  • São José de Anchieta, padre jesuíta espanhol e um dos fundadores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro;
  • Getúlio Vargas, ex-presidente da República;
  • Heitor Villa-Lobos, maestro;
  • Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade, conhecidos pela sigla MMDC (Martins-Miragaia-Dráusio-Camargo), heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932;
  • Domingos José Martins, um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817;
  • Leonel Brizola, líder político trabalhista, foi governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Liderou o movimento da legalidade em 1961;
  • Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, revolucionária, conhecida por seu envolvimento na Revolução Farroupilha e no processo de unificação da Itália;
  • Mestre de campo general Francisco Barreto de Meneses, Mestre de campo João Fernandes Vieira, Mestre de campo André Vidal de Negreiros, Mestre de campo Henrique Dias, Capitão-Mor Antônio Filipe Camarão (nascido Potiguaçu) e Mestre de campo Antônio Dias Cardoso, heróis da Batalha dos Guararapes, que expulsaram os neerlandeses de Pernambuco no séc. XVII;
  • Caio Vianna Martins, escoteiro com atuação heróica em um acidente de trem no de ano de 1938;
  • Bárbara de Alencar, primeira presa política do Brasil. Heroína da Revolução Pernambucana, líder independentista, republicana e abolicionista;
  • Marechal Cândido Rondon, engenheiro militar e sertanista;
  • Clara Camarão, indígena, considerada precursora do feminismo no Brasil;
  • Segundo Sargento Antônia Alves Feitosa, mais conhecida como Jovita Feitosa, voluntária que lutou na Guerra do Paraguai;
  • Zuleika Angel Jones, mais conhecida como Zuzu Angel, ativista política que atuou na época da Ditadura Militar;
  • Machado de Assis, escritor;
  • Carlos Gomes, maestro;
  • João Pedro Teixeira, lider das ligas camponesas de Sapé;
  • José Feliciano Fernandes Pinheiro, primeiro visconde de São Leopoldo, magistrado e um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
  • Euclides da Cunha, escritor e jornalista brasileiro;
  • Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar, líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas;
  • Joaquim Francisco da Costa – Irmão Joaquim;
  • Luís Gama, advogado, um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX;
  • Miguel Arraes, advogado, economista e político;
  • Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, político e diplomata;
  • Alferes Maria Quitéria de Jesus, patronesse do Quadro Complementar de Oficiais;
  • Sóror Joana Angélica de Jesus, religiosa baiana concepcionista, pertencente à Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e mártir da Independência brasileira;
  • Maria Filipa de Oliveira, heroína negra da Independência do Brasil na Bahia;
  • João Francisco de Oliveira, João das Botas, herói da Independência do Brasil na Bahia;
  • Antônio Vincente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, líder religioso;
  • Ulysses Guimarães, político e advogado;
  • Dandara dos Palmares e Luiza Mahin, guerreiras negras do período colonial do Brasil;
  • Tobias Barreto, filósofo, poeta, crítico e jurista;
  • Osvaldo Aranha, político, diplomata e advogado;
  • Francisco Cândido Xavier, médium espírita;
  • Antonieta de Barros, jornalista, professora e política brasileira, foi a primeira deputada negra do Brasil

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A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida… Oscar Wilde

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