Lei de autoria do vereador Pastor Ascendino foi sancionada pelo Município no início do mês
Em Joinville, o atendimento prioritário em órgãos públicos, empresas e estabelecimentos comerciais a pessoas com fibromialgia agora é garantido por lei. No último dia 5, a prefeita em exercício, Rejane Gambin, sancionou a regulamentação de autoria do vereador Pastor Ascendino Batista. Quase 150 cidades do Brasil possuem a legislação em vigor, entre elas as catarinenses Jaraguá do Sul, Blumenau, Balneário Camboriú e Tubarão. A fibromialgia é uma doença crônica, que causa fortes dores generalizadas, distúrbios do sono e fadiga, entre outros sintomas.
Segundo o reumatologista Pedro Weingrill, a síndrome está associada a uma desregulação do sistema modulador da dor, afetando principalmente os músculos. A dor costuma ser difusa, se manifestando em várias partes do corpo. De causa ainda desconhecida, a fibromialgia acomete a maioria mulheres, entre os 30 e 50 anos de idade. O diagnóstico se baseia nas manifestações clínicas, não havendo exames específicos para a doença.
“Pacientes com fibromialgia passam a ter dor sem um fator que a provoque ou sentem dor a estímulos externos, geralmente não são dolorosos, como um simples toque na pele. A pessoa, por vezes, pode ter dificuldade de movimentos por causa da dor, que oscila entre períodos de piora e de melhora”, explica o doutor.
De acordo com a delegada regional Sul da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro), Flavia Mesquita, estima-se que 4% da população joinvilense tenha a doença. “Somos incompreendidos muitas vezes pela classe médica e pela sociedade, que não enxerga essa patologia invisível dentro de um corpo aparentemente saudável. O avanço do entendimento da síndrome e a compreensão, são fundamentais para a melhoria de vida das pessoas com fibromialgia”, garante ela, que também sofre com a doença.
“A aprovação da nossa lei por parte do governo municipal é uma grande vitória para os fibromiálgicos. O reconhecimento da enfermidade e do quanto ela pode ser incapacitante, é uma forma de minimizar o sofrimento que essas pessoas são expostas diariamente”, comemora o vereador e autor da lei.
